Os 5 melhores livros de aventura

Por: redação 04/11/2021 6 min

Livros de aventuras possuem um dos principais poderes literários, o de levar o leitor a viver além de seu cotidiano. Seja através da viagem até um mundo utópico futurístico ou um regresso há vários anos no passado, em meio a terras distantes sem armas modernas, apenas canhões e espadas. Ou, até mesmo, entre a realeza com pitadas de fantasia.

Segurem-se firme leitores, porque a lista de hoje lhes traz os melhores livros do gênero aventura, para te levar a uma viagem literária fantástica. 

CINDER

“Mas se havia uma coisa que ela aprendera ao longo dos anos como mecânica, era que certas manchas nunca saíam.”

Esqueça o “era uma vez”, nesta releitura de Cinderela a beleza infantil dos contos de fadas é substituída por uma aventura futurística. O sapatinho de cristal abandonado por um salto vermelha, assim como os ratinhos por robôs.

O enredo se passa em um mundo distópico, divido em duas partes, a de humanos e a de ciborgues, sendo a protagonista Cinder moradora da segunda área. Contudo, apesar de possuir um passado banhado em mistério, a história da mulher se assemelha bastante com o conto original na área familiar. Isto, porque Cinder é tratada como gato e sapato por sua madrasta. Apesar disso, outros pontos no âmbito familiar divergem, gerando mais criatividade à história.

Algo importante no meio literário é a profundidade nos personagens, eles devem estar ali por algum motivo além de enfeites e/ou conveniência para os principais. Por isso, este detalhe é crucial na hora de se apaixonar por esta aventura, porque cada personagem desta livro foi trabalhado com cuidado pela autora, ao ponto de no fim do livro o leitor sentir a proximidade com cada um deles.

Marissa surpreende o leitor ao pegar uma história, já considerada comum nas adaptações, e torná-la algo inovador. Além disso, como se o enredo contemporâneo já não bastasse, a escritora foge da facilidade ao criar um final sem enfeites ou obviedade, desaparecendo por completo com qualquer possibilidade de Cinder ser taxado como um livro clichê.

JOGOS VORAZES

“Um pouco de esperança é eficaz, muita esperança é perigoso.”

Em um mundo distópico pós guerra, as pessoas são divididas entre doze distritos, sendo o nível de pobreza condizente com o número da área. Acima deles, a capital, responsável por recordar a todos anualmente da guerra que levou a situação atual, de um modo cruel e sórdido: Os Jogos Vorazes, ou, como nomeado em outros países, os jogos da fome.

Para quem nunca ouviu falar na trilogia, os jogos vorazes consistem no sorteio de dois jovens por distrito, um garoto e uma garota entre 12 e 18 anos. Após o sorteio, os vinte e quatro jovens são levados até a Capital onde são treinados e entrevistas nos dias antecessores aos jogos, para só então, adentrar a arena para batalhar entre si, até apenas um sobreviver e sair como vencedor.

Jogos vorazes, apesar de ser considerado parte da literatura juvenil, possui diversos conceitos profundos sobre a sociedade atual, além de, de certo modo, apresentar críticas a estrutura política em suas entrelinhas.

É possível notar uma delas em meio a proeza da escritora, ao transformar os leitores em espectadores da Capital. Afinal, os atos que inicialmente nos causam repulsa e incredulidade ao início do livro, tão logo, se torna justamente parte de nosso entretenimento.   

RAINHA VERMELHA

“Ninguém nasce mal, assim como ninguém nasce sozinho. Eles tornam-se assim, seja por escolha ou por circunstâncias”

Com pé no gênero fantasia, o livro é daqueles disposto a surpreender o leitor com seus diversos plot twist, com ênfase no final. Atenção, para ler este livro, é necessário estar disposto a enfrentar um tombo e tanto, além de uma viagem por entre sangue vermelho e prateado.

Mare Barrow é uma gatuna de mãos leves, responsável por pequenos furtos para alimentar sua família, apesar de os pais reprovarem tais atos ilegais. Contudo, eles são vermelhos, pessoas comuns sem poderes, condenados a observar da miséria, as exibições de força e dinheiro dos prateados, pessoas da realeza, cada qual com uma família de poder distinto.

Contudo, as coisas mudam quando a protagonista, uma vermelha, descobre em meio a um evento real, possuir poderes de grande magnitude. A partir disso, a garota é inserida em meio a nobreza como uma prateada. Tudo para encobrir dos demais vermelhos a possibilidade de haver magia em meio a seu sangue rubro.

Com linguagem fácil e leitura fluída, o livro se enquadra naquele grupo a ser devorado em pouco tempo, pois além disso, a história o prende em suas nuances variantes entre cenas mais profundas e capítulos a beirar o clichê de realeza. 

OUTLANDER – A VIAJANTE DO TEMPO

“Quantos homens eram necessários para fazer uma guerra? O bastante, talvez, para que não tivessem que ver uns aos outros?”

Este é para os interessados em uma leitura mais pesada e adulta, repleta de detalhes, além de um pé da ficção histórica. Contudo, assim como na semelhante narrativa de Crônicas de Gelo e Fogo, apesar de os enredos divergirem (e muito), é necessário estômago e paciência. Pois nenhuma gota de sangue é poupada dos detalhes.

Tudo começa em 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, quando a enfermeira Claire Randall e o marido decidem desfrutar uma segunda lua de mel após a guerra, nas Ilhas Britânicas. Entretanto, após ser atraída por um misterioso círculo de pedras, a mulher se vê décadas no passado, mais especificamente, em 1743.

A partir disso, a mulher tem e enfrentar as antigas rivalidades, conflitos tortuosos, além de, após meses, passar a se sentir dividida entre o presente e o passado. 

Um dos pontos a serem ressaltados neste livro, é o cuidado sobre a pesquisa histórica. Já falamos sobre isso ao indicar Crônicas de Gelo e Fogo de George Martin, sobre como isto muda a ligação do leitor com a história. Isto, porque a ficção e realidade são separadas por um fio mais tênue a partir disto. Como resultado, o leitor pode imergir ainda mais na história.

 DESVENTURAS EM SÉRIE

“O mundo as vezes pode parecer um lugar hostil e sinistro, mas acreditem: existe muito mais bondade no mundo do que maldade, só precisam procurar com vontade.”

Como dito na abertura do filme inspirado nesta coleção, esta não é uma história sobre elfos e finais felizes. A narrativa, de fato, é imersa em infortúnios e reviravoltas angustiantes. Sendo este, exatamente o propósito do livro. 

A coleção composta por treze livros, narra as desventuras infelizes dos três órfãos Baudelaire, após os pais perderem as vidas em o incêndio misterioso de sua antiga mansão. Cada uma das crianças se destaca em uma habilidade, acompanhada de alguma mania. A mais velha, Violet, é maravilhosa em inventar coisas, amarrando o cabelo sempre que uma nova ideia nova, enquanto o irmão do meio, Klaus, é possuidor de uma inteligência absurda, devido a seu amor pela leitura. Já a caçula, Sunny, tem a habilidade de cortar até o objeto mais duro com os pequenos dentes.

O enredo se desenvolve em torno do cômico, cruel e mórbido vilão, Conde Olaf, cuja o único interesse nas crianças é sua fortuna. E, por tal objetivo, o homem é literalmente capaz de matar e rodar o mundo atrás dos órfãos Baudelaire.

Um dos destaque nos livros são os absurdos trágicos ao ponto de cômicos. Além disso, a cada novo livro e capítulo, mais um ponto interrogativo é posto sobre a história. Quando uma parte do mistério é resolvido, outras duas surgem em seu lugar, disposta, com sucesso, a manter o leitor fascinado pelo louco e hipnótico enredo. 

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