Os melhores livros de terror

Por: admin 11/10/2020 9 min
melhores livros de terror

Responsáveis por tirar nosso sono e atrair pesadelos, os livros de terror dominam o lado obscuro de nossos corações. No entanto, nem todos tem esse poder de arrepiar nossos pelos e descompassar o coração, por isso, para lhe garantir os sobressaltos, separamos uma lista de deixar os cabelos em pé.

It: A coisa

Stephen King poderia facilmente dominar essa lista, tamanho seu poder em nos tirar o sono e se infiltrar em nossos pesadelos, tal qual Pennywise, o tenebroso vilão de It: A coisa. Uma aterrorizante entidade demoníaca com aparência de palhaço, capaz de se transformar em seu maior medo para dominar sua mente e devorar sua pele.

Seus sustos já começam por sua grossura de 1042 páginas. Contudo, a imersão vale a pena. Divididos em cinco partes, a história é narrada entre dois tempos, em 1958, quando os protagonistas são crianças e enfrentam o mal pela primeira vez e em 1984, quando já adultos tem de retornar a cidade para lidar com o passado aterrorizante.

Passado ou presente, a obra consegue imergir o leitor em seus pesadelos, vez ou outra, inclusive, sendo impermeados pelo pânico dos personagens. Por isso, atenção, interessados na obra, se preparem para enfrentar seus medos, ao ponto de vê-los após a leitura, quando sozinho no escuro.

O Bebê de Rosemary

Há quem já tenha se apaixonado pela narrativa de Ira Levin ao vê-la representada no longa metragem de 1968 de mesmo nome. No entanto, as palavras escritas, ao contrário do pensando por alguns, tem o poder de causar maior pânico nos leitores. Isto, porque, apesar de não possuírem trilhas sonoras pesadas, o texto consegue alcançar maior aprofundamento, ao ponto, de ser você ali, junto do protagonista em meio a um quarto escuro ou corredor vazio.

Neste livro narrado em terceira pessoa, o autor, ao contrário de Stephen King opta por ir direto ao ponto, sem muito detalhamento, ponto positivo a leitores com desgosto por escritas densas. 

Dentre os destaques da obra, além do crescente suspense, até alcançar seu nível mais alto, o terror, estão também os personagens. São bem construídos, destoantes dos clichês “tolinhos” de terror e com secundários significativos para o enredo. Sendo ao todos, bem trabalhados, assim como o cuidado dado ao enredo, para causar narrativa retilínea, confortável ao leitor.

O Exorcista

Um dos livros mais eletrizantes do gênero terror, capaz de te acompanhar durante o sono e se infiltrar em seus pesadelos, durante e após a leitura. Alguns dizem afundar tanto nas palavras de William Peter Blatty, que a simples passagem de uma mosca durante a leitura é capaz de lhe causar susto e disparar seu coração.

O clássico da literatura narra a história de uma criança de doze anos possuída por uma alma maligna após uma brincadeira, aparentemente inocente, com um tabuleiro Ouija. No entanto, como costumeiro em narrativas literárias, e também do cinema, brincar com algo ligado ao outro lado nunca acaba bem.

Gradualmente, a trama é tomada por acontecimentos estranhos, enfatizando a possessão de Regan, enquanto o Padre Karras reúne provas com intuito de apresentar à Igreja para conseguir autorização para realizar o exorcismo.

É impecável como o autor consegue captar cada detalhe da cena, ao ponto de possibilitar ao leitor se ver dentro da história, a vivendo por completo. Hipnotizado de tal modo, capaz de causar a necessidade de devorar a história, a largando apenas em sua última página. 

O Desfiladeiro do Medo

Este livro necessita de um aviso prévio. Além de seu bem trabalhado terror, a narrativa também carrega consigo diversas cenas e carga erótica, diluído em trechos desnudos, depravados e destorcidos pela mente de Clive Barker. Contudo, este tipo de erotismo é além de cenas quentes simples, é algo mesclado ao mórbido, incluído especialmente para perturbar ainda mais o leitor.

Neste enredo, é exposto a parte mais sórdida da procura intensa e insaciável por uma perfeição inexistente, imposta as pessoas “comuns” e principalmente, aos famosos. O lado mais sujo das antigas e atuais celebridades de Hollywood é apresentado em meio a palavras ácidas e cenas densas, com ar assombroso.

Acentuado por personagens intensos e bem trabalhados, a narrativa diluí a mente do leitor em pavor e incredulidade, capaz de os fazer questionar sobre seus próprios e pavorosos desejos secretos, ocultos por uma linha tênue de boa aparência, projetada especialmente para causar boas impressões externas, apesar das cortinas caírem quando sozinhos no escuro.

O Iluminado

É necessário acrescentar mais um livro de Stephen King a lista, porque este é espetacular no quesito abalo psicológico. Tanto em sua representação cinematográfica, quanto em meio as páginas amareladas de O iluminado de 1977.

No enredo principal temos a família Torrance, prejudicada pelo alcoolismo de Jack, o pai e as convulsões de Danny, o filho. Contudo, quando tudo parece dar errado, surge uma nuvem ao fim do túnel, um emprego como zelador no hotel Overlook. No entanto, o lugar possuí tantas histórias bizarras quanto as escritas por King.

Um dos pontos mais marcantes no enredo é o modo como o próprio hotel parece ter vida, sempre a espreita para tirar proveito de todas as oportunidades para alimentar a sede de vingança em Jack, assim como sua loucura.

Deste modo, o leitor é levado junto as partes mais sombrias da mente do protagonista, quase ao ponto de desconforto físico durante a leitura. Isto, se deve ao modo profundo, quase psicanalítico da narrativa.

Contudo, o ponto alto dessa história vai além de assombrações, assim como nas demais narrativas de King, nos é apresentado um personagem com mais fantasmas dentro de si do que as comuns almas penadas.

O Vilarejo

Neste livro, Raphael Montas foge de seu usual enredo de mistério policial para imergir por completo no terror, poderoso e intenso.

O pecado de alguns autores que optam por apresentar seu livro em contos é a perda de ritmo na leitura, isto, porque por se tratar de pequenas histórias, é como se o leitor finalizasse um livro e iniciasse outro. Contudo, o único pecado deste livro são os sete demônios, cada qual representando um deles, a invocar o mal nas pessoas.

Raphael consegue interligar os contos pela costura bem feito entre eles, desde o modo de narrativa, até os personagens. Tendo todos eles unidos pela perversidade humana, ativada diante de certos desejos.

Com isso, os leitores se tornam presos nas histórias, mergulhando em um conto após outro, sendo usados como uma espécie de tenebroso portal.

Estou atrás de você

Uma família decide acampar em uma área animosamente verde, repleta de outros trailers e famílias felizes por estarem de férias. Contudo, ao abrir a porta no dia seguinte a paisagem é completamente diferente. Uma área devastada, sem limite além do horizonte, com apenas quatro trailers. 

A premissa por si só já é atraente e com a promessa de arrepiar até o último fio de cabelo durante a leitura, mas é modo narrativo de John, o responsável por manipular nossas mentes, assim como Molly. A garotinha de seis anos, filha de um dos casais restantes no acampamento, é um dos pivôs principais em quesito de alimentar nossos sustos no decorrer da história. 

Contudo, se engana quem pensa se tratar de uma clichê narrativa na qual os personagens fogem do vilão, assassinados um a um. Nesse enredo, o vilão acaba por depender de cada personagem e seus pecados do passado, tanto que para alguns, as aparições tão pouco causam pavor.

Todavia, uma coisa é certa, este livro vai adentrar em sua mente de forma perturbadora, dependendo unicamente do modo como lida com seus próprios pecados.

PSICOSE

O livro chegou as mãos brasileiras graças a editora DarkSide, que em 2013 nos presenteou com o resgate de diversos clássicos da literatura, principalmente, os arrepiantes como Psicose.

Este é um daqueles enredos clichês de terror, ao qual amamos, onde o autor consegue engenhosamente, por meio de tramas bem pensadas, enganar o leitor sobre o real vilão e centenas de outros detalhes da história. Isto através de uma escrita leve, fluida, atemporal e sem grandes floreios; objetiva.

O protagonista, Norman Bates, é dependente da mãe, indeciso e gerente de um motel mal sucedido. Seus conflitos familiares permeiam a história de modo silencioso, com diálogos de duplo sentido, sendo entendidos por completo apenas ao fim da história.

Do outro lado, temos Mary, com vida financeiramente complicada, a jovem cuida de sua família desde sempre, isto até decidir se casar com Sam. Contudo, como se sua pilha de problemas já não bastasse, o homem tem uma dívida enorme. Com todos os problemas podendo ser resolvidos facilmente com dinheiro, ao receber 40 mil reais em mãos de seu chefe, para depósito, Mary decide simplesmente sumir do mapa com o dinheiro, dando mais uma base problemática a narrativa.

Da história em si, pouco pode ser dito sem soltar um spoiler, pois de fato, o autor foi bem sucedido ao levar os pensamentos do leitor gradativamente onde queria, para depois, revelar a verdade face do enredo.

O MENINO QUE DESENHAVA MONSTROS

Como diversos thrillers de terror, este usa dos doces olhos de uma criança como enfoque para o pânico literário. Ao ponto de ser quase possível ouvir a voz infantil em cantarolar mórbido. No caso deste livro, a do pequeno Jack de 10 anos. Uma criança a sofrer com a síndrome de Asperger. Desde seus sete anos quando quase morreu afogado, o garoto sai de casa apenas para consultas médicas.

Conforme a criança passa a desenhar e avisar sobre aparições estranhas no decorrer do livro, os pais divergem quanto ao que fazer com filho. Tim, o pai acredita ser apenas uma fase, enquanto Holly, a mãe, acredita na necessidade de cuidados médicos para o filho.

Contudo, essa esperança do pai vai ao extremo em determinados momentos, sendo feito vista grossa para diversos acontecimentos bizarros, apenas para tentar afugentar a ideia do filho precisar de ajuda externa. Entretanto, isso vai além de inofensivos amigos imaginários, as visões de Jack são mais mórbidas e profundas.

A sacada principal de Keith Donohue vem do modo como a narrativa é traçada, sendo desenvolvida sobre a perspectiva de diversos personagens ao longo da história, até conseguir o ápice de fazê-lo se questionar se a loucura também está prestes a afetar você. 

UM PASSADO SOMBRIO

O clichê de amigos mergulhados no lado obscuro do desconhecido ganha novo contexto nesta história. Um grupo de amigos se encontra com um rapaz chamado Spencer Mallon, crente em sua doutrina e convincente o suficiente para fazer o pequeno grupo realizar sua cerimônia, a qual ele promete fazer com que passem a ver o mundo de forma completamente diferente.

No enredo principal, o única não envolvido no evento, mas ainda assim cheio de perguntas sobre os acontecimentos bizarros de seu passado, incluindo diversos traumas, além de um assassinato a sangue frio.

Seu suspense, reviravoltas sustos narrativos chegam a se assemelhar as histórias do rei do terror, Stephen King. Ainda mais com o passado nos dado em migalhas no decorrer do enredo mórbido e arrepiante. 

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